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A minha árvore de Natal
Navegador n.º 177 - Dezembro de 2007

     Quisera Senhor, neste Natal armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos.

     Os amigos de longe e de perto, os antigos e os recentes, os que vejo todos os dias e os que raramente encontro.

     Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos.

     Os constantes e os intermitentes, os das horas alegres e os das horas difíceis.

     Os que sem querer, eu magoai ou, sem querer me magoaram.

     Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem me são conhecidos apenas as aparências. Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.

     Meus amigos jovens e meus amigos velhinhos. Meus amigos humildes e meus amigos importantes.

     Os nomes de todos os que já passaram pela vida. Os que me estimam sem eu saber e os que eu amo e estimo sem lhes dar a saber.

     Quisera, Senhor, neste Natal, armar uma árvore de raízes muito profundas para que os ramos nunca verguem do peso de tantos nomes e para que esses nomes nunca sejam arrancados da minha vida!

     Uma árvore de ramos muito extensos para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntar-se aos já existentes.

     Uma árvore de sombra muito agradável para que a nossa amizade seja um monumento agradável para que a nossa amizade seja um momento de repouso no meio das "Lutas da Vida"!

     

Amélia Cunha