Página inicial  > Poemas

Pesadelo

Numa noite de invernia
No meu sofá me sentei
Muito bem agasalhada
Adormeci e sonhei

Sonhei que estava sozinha
Ouvi bater em qualquer lado
Era tão grande o barulho
Que me deixava assustado

Olho, não vejo ninguém
Nem vento nem gente a passar
Disfarço e não faço caso
Avanço e vou trabalhar.

Espera lá, ouço outra vez
Tive muito medo
Fecho muito bem a porta
Como que em segredo.

Observo em todo o sítio
Talvez me queiram falar!?
Dormindo em sobressalto
Continuava a escutar

Pensei sair porta fora
Com tudo isto sofria
Corri para abrir a porta
A porta não se abria

Estava desprotegida
Uma vil angustia senti
Em grande luta acordei
E aos poucos me apercebi

O barulho que sentia
Era embaraço impressão
Uma busca um apelo
Procurando solução

Abri a minha janela
Fica na parte da frente
Enchi os pulmões de ar puro
Refresquei a minha mente

Apesar de ser um sonho
Não quero mais vir a tê-lo
Sonhei enquanto dormia
Chamo a isso pesadelo

Águeda Correia